sexta-feira, 8 de março de 2013

Apagão na mão de obra

Apagão na mão de obra, será que existe?
Todos os dias, pelo menos um jornal comenta sobre esse apagão na mão de obra no Brasil, o que está dificultando o crescimento do mesmo, bem vamos analisar.
O Brasil, nada contra aos colegas advogados, mas é um dos países que mais se formam advogados no mundo, profissão baseada em solução de conflitos e um dos que formam menos engenheiros, menor número de patentes, mestre e doutores.
Porque será isso? Infelizmente a carreira "técnica" no Brasil não é valorizada, sou engenheiro e acabei optando pela carreira técnica, porém colegas que na mesma época se formaram comigo e foram para a área financeira estão hoje com um salário bem mais atraente que o meu, portanto esse é um dos fatores da falta de profissionais mais "técnicos" no mercado.
Outro ponto, com o nível muito baixo da educação, a grande maioria dos profissionais que saem da faculdade não sabem sequer o mínimo para exercer a profissão, portanto as empresas tem que fazer o papel da "faculdade" ensinando os recém formados a profissão, um dado que saiu recentemente mostrou que cerca de 35% dos alunos universitários são chamados de analfabetos funcionais, isto é, sabem ler, mas não conseguem interpretar um texto.
As empresas também no Brasil não estimulam profissionais mais qualificados tecnicamente, como doutores e mestres, normalmente os projetos já chegam prontos ao Brasil, e aqui apenas se adapta. Poucas são as empresas que realmente desenvolvem ou tem uma área de P&D no Brasil.
Por esses motivos apresentados, o número realmente de funcionários qualificados e mais "técnicos" no Brasil é menor que em outras partes do mundo, temos que aumentar o estimulo a essas profissões é a saída para o Brasil, se este não quiser ser apenas um país das commodities ou agricultura.

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